Frágil eternidade

Por uma nesga da vidraça da janela alta,

observo os plátanos -

grandes árvores centenárias,

de porte magnífico,

tão eternas, mas tão frágeis na tecitura do Tempo.


São estupendas criaturas que,

dia a dia, ano a ano, primavera a primavera,

adensam, na terra, as raízes

e sonham - num Sonhar de serem felizes -

permanente Glória;

e mais a seiva as incita

a esquecer na Terra toda a desdita;

mais, num para além do Ciclo do Tempo,

grande, imenso, incomensurável, é eterno Alento

este simples, frágil, perdido, momento.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Catedral de Luz

É de Paz este momento fugaz do mais límpido amanhecer. Sonho de viver.