I - Cidade mártir
Ruínas e rostos,
tudo isso é silêncio,
tanto que despertam uma cadência em mim.
A cadência de um ritmo
que repete, em cada uma das minhas veias,
o pulsar compassado do meu Coração
rigidamente.
Espanta-me tudo ser só silêncio! -
mas esta é, na verdade, sempre, a voz poderosa
do martírio...
Devem ter havido bombas e morteiros e rajadas de metralhadoras
e de todas as máquinas, construídas pelo homem, e ao serviço da guerra -
é possível que tenham havido e que tenham sido escutadas;
mas eu não as ouvi! Ninguém mais, no Mundo, as ouviu,
senão Tu!, cidade mártir,
Maravilha!, de um tempo que não devia mais ter sido.
II - Para onde correm as tuas águas?, rio
E toda a tarde choveram brandas águas,
que formaram este caudaloso rio,
rio imenso, rio sem fim,
rio em Mim.
Tanto que correndo largamente,
tuas águas, ó rio,
um vasto Mar cingiu a Terra
e, lavando todo o sinal da guerra,
o solo, enfim, floriu.
Mas... não mais que um vislumbre de Sonho
é este rio e são estas águas tombando,
ilusão, grande ilusão,
sempre ilusão, da humana condição.
III - A condição humana
Desterrado, todo o homem procura
uma Luz mais pura,
talvez um sorriso de infância,
talvez um embalo de colo de Mãe;
todo o homem acalenta o desejo
de ter, num Abraço e num Beijo,
a vastidão de um conforto Eterno;
porém, não é ainda chegada a Hora
- e porque demora?! -
de ter na Terra esta Utopia,
de abrir os olhos e haver Magia,
de, como num Cântico, afastar todo o rancor
e o Medo e não haver nenhum Segredo.
Ruínas e rostos,
tudo isso é silêncio,
tanto que despertam uma cadência em mim.
A cadência de um ritmo
que repete, em cada uma das minhas veias,
o pulsar compassado do meu Coração
rigidamente.
Espanta-me tudo ser só silêncio! -
mas esta é, na verdade, sempre, a voz poderosa
do martírio...
Devem ter havido bombas e morteiros e rajadas de metralhadoras
e de todas as máquinas, construídas pelo homem, e ao serviço da guerra -
é possível que tenham havido e que tenham sido escutadas;
mas eu não as ouvi! Ninguém mais, no Mundo, as ouviu,
senão Tu!, cidade mártir,
Maravilha!, de um tempo que não devia mais ter sido.
II - Para onde correm as tuas águas?, rio
E toda a tarde choveram brandas águas,
que formaram este caudaloso rio,
rio imenso, rio sem fim,
rio em Mim.
Tanto que correndo largamente,
tuas águas, ó rio,
um vasto Mar cingiu a Terra
e, lavando todo o sinal da guerra,
o solo, enfim, floriu.
Mas... não mais que um vislumbre de Sonho
é este rio e são estas águas tombando,
ilusão, grande ilusão,
sempre ilusão, da humana condição.
III - A condição humana
Desterrado, todo o homem procura
uma Luz mais pura,
talvez um sorriso de infância,
talvez um embalo de colo de Mãe;
todo o homem acalenta o desejo
de ter, num Abraço e num Beijo,
a vastidão de um conforto Eterno;
porém, não é ainda chegada a Hora
- e porque demora?! -
de ter na Terra esta Utopia,
de abrir os olhos e haver Magia,
de, como num Cântico, afastar todo o rancor
e o Medo e não haver nenhum Segredo.
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