No Infinito e no Mundo

Num outrora, que antes houve,

foi primavera, e depois foi verão.

Tudo despontou, tudo, enfim, floriu,

e tudo foi como uma Rosa que se abriu

na Vida, para a Vida, numa imensidão.


E, nesta cadência de Ciclo sob Ciclo,

que nasce e se silencia,

vejo, agora, num cúmulo de Consciência,

a chegada das vestes outonais.


Que belo!, ser enfim outono.

- Que extraordinária Maravilha!,

tenho o privilégio de viver -

E tão Maravilhoso como ver o Sol nascer

é esta sublime metamorfose do Ser.





De repente

E o Sul?,

em que paraíso ficou?,

onde não estou.


Mas talvez que do cimo da encosta,

tão próximo, tão juntinho, ao Céu,

eu possa ver o Mundo

e, no vislumbre de um segundo,

reencontre o Sul, a Estrela,

e aquele deus,

que nos oferece a infância perdida,

no último momento, no final da vida.









Catedral de Luz

É de Paz este momento fugaz do mais límpido amanhecer. Sonho de viver.